As minhas leituras matinais deixaram-me perceber que o futuro da "nação" se avizinha negro. Há quem diga, inclusivamente, que 2006 será o pior ano da democracia portuguesa. O mês de Janeiro vai ser presenteado com aumentos nos preços da água, electricidade, gás, comida e bens de consumo. Nada que surpreenda a maior parte dos portugueses. Talvez possa desiludir aqueles que votaram no Engº Sócrates na esperança de ver materializada uma merecida mudança nos rumos da política do pais. Desenganem-se esses.
Se é verdade que todo em todo mundo a recessão económica se faz sentir, fruto da crise petrolífera e da instabilidade política mundial, em muito desencadeada pelos nossos amigos da administração Bush, aqui neste jardim à beira mar plantado os efeitos da crise mundial sentem-se um pouco como no epicentro de um terramoto. E as políticas do nosso primeiro também em nada têm ajudado, com a construção de elefantes brancos como o Aeroporto da Ota e da linha de TGV. Estas infraestruturas, cujas construções beneficiam a banca e os super empreiteiros, em pouco servirão os cidadãos portugueses que vivem dos rendimentos mínimos ou de subsídios de desemprego, nem mesmo a dita classe média, que cada vez mais se distancia da ideia de vida estável e desafogada. Enquanto isto acontece os problemas de fundo, como a garantia de um sistema de segurança social que a todos beneficie de futuro, vão sendo deixados para trás na esperança vã de que o Modelo Social Europeu chegue e nos salve do purgatório! Outra ilusão sebastianista, tão tipicamente portuguesa.
Para melhorar tudo, regue-se o ano com um novo Presidente da República (esfíngico) que confunde as suas funções com as de treinador de futebol. A imagem que se me assalta é a de Cavaco Silva, com apito em riste a coordenar o SBS (Sport Bancada Socialista) com José Socrates como capitão de equipa. Um social democrata a dirigir um socialista muuuiiito moderado! A visão do Inferno.
O melhor vai ser, daqui a um ano, quando se perceber o desastre que foi pôr Cavaco a presidente e... subitamente ninguém se vai lembrar de ter votado nele. No fim do cavaquismo, com o o país asfixiado, salários em atraso na função pública e outros desastres tais também ninguém se lembrava de o ter posto como chefe de governo. Memória curta, chama-se. Ou talvez memória selectiva?!
Espera-se então um ano que promete espaço para contestação e luta...
Espero também que Sharon morra, lenta e dolorosamente. Que me perdoem aqueles os mais humanos, mas por vezes desejo a morte a alguns seres que povoam a terra. O mais provável é que se assista a mais uma saga estilo Pinochet "tipo nem fode nem saí de cima", com os red necks todos a esfregar as mãos para tomarem de assalto o backstage político israelita (se bem que isso já está assegurado há muito).
No meio da manhã solarenga com um sabor amargo pela visão que o futuro parece trazer parar 2006 senti vontade de campos de malmequeres e de searas de trigo. De correr por eles com o vento a fugir-me pelos cabelos, com o Sol a tocar o rosto. Senti vontade da infância onde tudo é puro e cheio de luz... e onde o futuro parece sempre cheio de esperança. A saudade da inocência...
5 comentários:
avante camarada avante...
arriba avanti e pop dell'art... só se for! eu e os comun... comun... zzz... não me misturo! ;)
Há rednecks israelitas? ;)
Não. mas há red necks americanos a querer controlar israel. O Bush é um... e já lá está! essa é a história do estado de Israel.
a história do Estado de Israel é algo de bastante mais complexo do que essa algo rebuscada 'teoria da conspiração' em torno de W. Bush...
faz-me lembrar uma ex-amiga minha que insistia em defender que os atentados do dia 11 de Setembro de 2001 em Washington e Nova Iorque tinham sido orquestrados não pela Al-Qaeda de Osama Bin Laden mas pelos próprios, e diabólicos, States...
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