Ah!, de palavras estamos todos cheios. Possuímos arquivos, sabemo-las de cor Em quatro ou cinco línguas. Tomamo-las à noite em comprimidos Para dormir o cansaço.
As palavras embrulham-se na língua. As mais puras transformam-se, violáceas, Roxas de silêncio. De que servem Asfixiadas em saliva, prisioneiras?
Possuímos , das palavras, as mais belas; As que seivam o amor, a liberdade... Engulo-as perguntando-me se um dia As poderei navegar; se alguma vez Dilatarei o pulmão que as encerra.
Atravessa-nos um rio de palavras: Com elas me deito, me levanto, E faltam-me palavras para contar...
2 comentários:
Ah!, de palavras estamos todos cheios.
Possuímos arquivos, sabemo-las de cor
Em quatro ou cinco línguas.
Tomamo-las à noite em comprimidos
Para dormir o cansaço.
As palavras embrulham-se na língua.
As mais puras transformam-se, violáceas,
Roxas de silêncio. De que servem
Asfixiadas em saliva, prisioneiras?
Possuímos , das palavras, as mais belas;
As que seivam o amor, a liberdade...
Engulo-as perguntando-me se um dia
As poderei navegar; se alguma vez
Dilatarei o pulmão que as encerra.
Atravessa-nos um rio de palavras:
Com elas me deito, me levanto,
E faltam-me palavras para contar...
As palavras são mais fortes que as mãos.
porque mentem.
todo o silêncio é tesouro, se depois dele surgir a palavra certa...
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