Friday, March 24, 2006 9:20 PM
To :
"ana marta"
Subject :
Envio de um Poema - 24/3/2006
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HÁ PALAVRAS QUE NOS BEIJAM
Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O'Neill (1924-1986)Poesias Completa
no meio de tanto desalento, obrigada ... quem quer que sejas!
7 comentários:
o que nos vale é que ainda existem duendes, e fadas que embora já não nos deixem moedas debaixo do traveseiro, nos enviem poemas...
mais um dos meus poemas favoritos!
realmente é fantástico que ainda hajam fadas e duendes que povoem os nossos dias...
aiii (suspiro...) Já agora fica o pedido: Sr. Remetente, obrigada por alegrar o meu dia... quando se lembrar pode enviar outros.Eu não me importo ;) Acredite que o dia corre melhor :)
oh!
um admirador secreto?
ou um admirador secreto mas conhecido?
não sei marylin :( e eu que ando a precisar de miminhos!!
Ó Sr. Remetente veja lá se se descose. É que assim ainda me vinha dar uns abracinhos! Hi Hi :)
Poderá o pequeno gesto de um poema abrir uma perspectiva infinita?
A incógnita decifrou-se! Obrigada Alexandre!
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