Estamos aqui. Interrogamos símbolos persistentes.
É a hora do infinito desacerto-acerto.
O vulto da nossa singularidade viaja por palavras
matéria insensível de um poder esquivo.
Confissões discordantes pavimentam a nossa hesitação.
Há uma embriaguês de luto em nossos actos-chaves.
Aspiramos à alta liberdade
um bem sempre suspenso que nos crucifica.
Cheios de ávidas esperanças sobrevoamos
e depois mergulhamos nessa outra esfera imaginária.
Com arriscada atenção aspiramos à ditosa notícia de uma
perfeição
especialista em fracassos.
Estrangeiros sempre __ __ __ agudamente colhemos os frutos discordantes.
Ana Hatherly
2 comentários:
Muito bonito!
Afinal é isso mesmo, verdadeiramente "estrangeiros" aqui e em qualquer lugar.
Ana, de que matéria são feitos os teus sonhos??
os meus sonhos... assentam na incerteza do porvir deste jogo que é a vida! O Pessoa é que dizia "Eu não sou do meu tamanho, sou do tamanho daquilo que vejo" É assim que eu sonho. Olhando para o infinito, tentando não me perder no caminho!
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