sexta-feira, agosto 25, 2006

"E se inventássemos o mar de volta, e se inventássemos partir, para regressar. Partir e aí nessa viajem ressuscitar da morte às arrecuas que me deste. Partida para ganhar, partida de acordar, abrir os olhos, numa ânsia colectiva de tudo fecundar, terra, mar[...]
Lembrar como o mar nos ensinava a sonhar alto, lembrar nota a nota o canto das sereias, lembrar o depois do adeus, e o frágil e ingénuo cravo da Rua do Arsenal, lembrar cada lágrima, cada abraço, cada morte, cada traição, partir aqui com a ciência toda do passado, partir, aqui, para ficar...
[...] Neste cais está arrimado o barco sonho em que voltei. Neste cais eu encontrei a margem do outro lado [...] Diz lá, valeu a pena a travessia? Valeu pois."
fmi.josémáriobranco
(Há palavras que nos tocam, umas mais que outras...
estas são parte de outras...
quando a nostalgia corrói vêm à memória.
E hoje voltam a fazer sentido. Como sempre.
...e a curta da regina pessoa, que hoje no meio de uns livros do ICAM relembrei.)

4 comentários:

miguel. disse...

partir ! partir !
para não mais voltar...
é preciso apanhar o mesmo barco
é preciso não deixar de sonhar.

ana marta disse...

come sail your ship around me :)
já cantava o nick cave

Unknown disse...

as coisas que os dois sabem e dizem...nick cave olé

ana marta disse...

só sei que nada sei... já dizia o Sócrates, o "outro" :)