Caminhei sempre para ti sobre o mar encrespado
na constelação de onde os tremoceiros estendem
rondas de aço e charcos
no seu extremo azulado
Ferrugens cintilam no mundo,
atravessei a corrente
unicamente às escuras
construí minha casa na duração
de obscuras línguas de fogo, de lianas, de líquenes
A aurora para a qual todos se voltam
leva meu barco da porta entreaberta
na constelação de onde os tremoceiros estendem
rondas de aço e charcos
no seu extremo azulado
Ferrugens cintilam no mundo,
atravessei a corrente
unicamente às escuras
construí minha casa na duração
de obscuras línguas de fogo, de lianas, de líquenes
A aurora para a qual todos se voltam
leva meu barco da porta entreaberta
o amor é uma noite a que se chega só
josé tolentino mendonça
5 comentários:
este poema é simplesmente lindíssimo...
" 0 amor é uma noite a que se chega só "
...
o poema é encantador...mas já agora...se chegarmos acompanhados...não me parece nada mal...e não é facilitismo...é que pode acontecer que aconteça.
Cumprimentos
Acho que chegamos sós, sempre. Como o promeneur solitaire de que falava Rousseau.
Podemos ou não ter alguém que nos espere lá... isso sim seria o ideal.
e há tantos desencontros...
de quem já lá esteve e saiu antes de chegarmos, de alguém que só chega depois de partirmos...
Pois é Fran. desencontros e caminhos cruzados... é a porra da vida!
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