Num tronco preso à terra está preso um balão. É curta a corda que o prende ao tronco.
Quando uma brisa passa, mais ou menos forte, de vento Norte ou Sul, o balão esvoaça. Abana-se ao sabor desses ventos e promete terras sem fim.
Sabe o destino que o balão nunca deixará o tronco que o prende, nunca verá as tais terras sem fim que apregoa a quem passa.
Talvez a verdade resida na modorra que prende o tronco à terra e o balão ao tronco.
E era tão fácil cortar-lhe a corda e levá-lo.
A magia, essa, descobri mais tarde, morreu ali, logo. Ao virar da página que antecipa um capítulo sobre homicídio por falta de asas e por incapacidade de sonho. Por falta de liberdade.
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