quarta-feira, novembro 14, 2007




82 dias depois da morte de Ian Curtis nascia eu. Em Agosto de 1980.
Cataloguei sempre a minha relação com os Joy Division como "difícil", talvez porque muito visceral.
Melhor. A palavra certa é "orgânica".
Conheci-os através do "bulldozer" que foi, em mim, a cena de Manchester.
Depois da Madchester dos 90 passar por mim, os meus ouvidos nunca mais foram os mesmos.

Nunca senti o efeito Joy Division no seu tempo, como outros o sentiram. Nem posso aspirar a querer sabê-lo, pela existência óbvia de um híato temporal que me separa da época. Só sei calcular a dimensão do fenómeno pelo seu alcançe e pelas suas repercussões na actualidade.
Há muito que não espero tanto por um filme.
"De um facilitismo atroz", dizia-se sobre o filme, sobre a trama ou a forma como a vida de Ian Curtis é retratada. Será verdade, acredito. Mas, como disse, não quero saber.

É um filme sobre história contemporânea. É um filme sobre música.
A vida de Curtis, contada por Deborah Curtis - no livro Touching From a Distance - e adaptada por Anton Corbijn. O percurso deste último não deixa dúvidas quanto à qualidade estética do que poderemos encontrar nas salas de cinema, a partir de dia 15 de Novembro.


2 comentários:

mar disse...

now it's on!

:)

sabes marta
eu cá comecei por aqui
(e para mim a música é quase a coisa mais linda do mundo)
e sim ainda
toca
cá dentro
muito.

vou ver
sim
depressa
mas com um pé à frente outro ao lado e outro a hesitar
... sem muitas expectativas
pelo sim pelo não
e para não arranhar


que há palavras sagradas
pois há!

ana marta disse...

certamente vai ver primeiro que eu ... depois passa por cá só para dar "um cheiro" de como foi

abracinho