quinta-feira, junho 03, 2010


sabia a espectacularidade da vida. por isso percorria a possibilidade de outras existências: queria conhecer tudo o que é finito no ser. saltava entre a realidade dos dias e a promessa do mar imenso. por vezes caía. tropeçava em imagens turvas que não existiam. depois da queda regressava sempre à cadeira onde pousava os sonhos em fila de espera. "estás presa", diziam-lhe aquelas paredes que a rodeavam todos os dias. entre a ficção e a triste verdade de existir ficou sem pele. e deixou de sentir. 



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