terça-feira, março 07, 2006

Seja a insatisfação o meu alimento último.
Sejam os rostos dos que passam essência de uma luz vazia, do despertar do nada.
As vozes que ouço e, silenciosas, me gritam aos ouvidos fazem-me preencher horas de vidas inócuas, onde tudo é asséptico, higienizado e perfeito.
E na podridão de existir seca-se um suspirar moribundo.
Lanço a mão e recolho um punhado de nada de sabor acre.
Cada passo dado é a queda plúmbea de mim. Tropeço no existir, baralho-me e não sei o Norte.
Corro na espera que a luz me trespasse e, num voo repentino, elevar-me para outra esfera
... longínqua.

4 comentários:

miguel. disse...

Lindo...Marta, é bom voltar a "sentir" a presença do teu existir...

ana marta disse...

obrigada alfredo! é bom que haja quem goste daquilo que escrevo, da minha existência bamboleante, no papel!

franksy! disse...

eu também gosto, ana marta!
muito!

ana marta disse...

e eu de ti amiga!