quarta-feira, abril 12, 2006

Coimbra por trás. Sempre achei que devia haver algo de muito errado numa cidade em que os estudantes gostam de andar vestidos à padre. Passam alguns, negros e poeirentos. Uma cidade cujas livrarias na baixa são inimagináveis de provincianas, escuras, mal abastecidas, quase sem livros estrangeiros. Apenas o Direito é rei e senhor, tudo o resto leva à pergunta: como pode uma cidade universitária ter livrarias assim? Tudo triste, baço, esquecido da "modernidade" como agora se diz.

Não fui eu que disse, nem sequer subscrevo algumas ideias sobre a dita Lusa Atenas, mas Coimbra, no meio de virtudes e defeitos comuns a tantos outros "aglomerados de gentes", parece estar encostada a um tempo que passa devagar.


O provincianismo não é uma característica específica desta cidade. Quero crer que é antes uma particularidade nacional. Mas Coimbra, por pretenciosa, sente-se mais provinciana. Não por si, mas por muitos que a habitam. Seja pelo fechamento prolongado em si, seja pelo geografia que ocupa, enterrada no meio do país é o resultado de uma gestão de vistas curtas, ao longo dos tempos.
Eu gosto dela... de qualquer maneira.

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