quarta-feira, agosto 30, 2006
terça-feira, agosto 29, 2006
segunda-feira, agosto 28, 2006
Uma voz na pedra
Não sei se respondo ou se pergunto. Sou uma voz que nasceu na penumbra do vazio. Estou um pouco ébria e estou crescendo numa pedra. Não tenho a sabedoria do mel ou a do vinho.De súbito ergo-me como uma torre de sombra fulgurante. A minha ebriedade é a da sede e a da chama. Com esta pequena centelha quero incendiar o silêncio. O que eu amo não sei. Amo em total abandono. Sinto a minha boca dentro das árvores e de uma oculta nascente.Indecisa e ardente, algo ainda não é flor em mim. Não estou perdida, estou entre o vento e o olvido. Quero conhecer a minha nudez e ser o azul da presença. Não sou a destruição cega nem a esperança impossível.Sou alguém que espera ser aberto por uma palavra.
antónio ramos rosa
Teu corpo principia
Dou-te um nome de água para que cresças no silêncio. Invento a alegria da terra que habito porque nela moro. Invento do meu nada esta pergunta. (Nesta hora, aqui.) Descubro esse contrário que em si mesmo se abre: ou alegria ou morte. Silêncio e sol – verdade, respiração apenas. Amor, eu sei que vives num breve país. Os olhos imagino e o beijo na cintura, ó tão delgada. Se é milagre existires, teus pés nas minhas palmas. Ó maravilha, existo no mundo dos teus olhos. Ó vida perfumada cantando devagar. Enleio-me na clara dança do teu andar. Por uma água tão pura vale a pena viver. Um teu joelho diz-me a indizível paz.
sexta-feira, agosto 25, 2006
sábado, agosto 05, 2006
porque eu tenho ...
à Francisca, ao Jorge, à Ritinha, e à minha doce Ana Luísa...
obrigada por me aturarem... e pela V ...