segunda-feira, outubro 09, 2006

O número 3.

Menos cabalístico que o número sete, o número três transmite-me a sensação de instabilidade, como uma mesa com uma perna partida (quais três isótopos do urânio).

...

Estou farta dos outros que insistem em pôr-me a par das suas vidas desinteressantes; estou farta das galinhas e do galinheiro, de pessoas "pequeninas", das fulaninhas e fulaninhos que respiram ... de gente que pouco mais tenta aportar a este mundo do que a sua pobre existência física.



Poema em linha reta


Nunca conheci quem tivesse levado porrada.Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

[...]

Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e erróneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

(Álvaro de Campos)

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