"Confesso-te a morte de todas as mulheres que amei e que matei dentro de mim por não conseguir amá-las mais, por não conseguir amar-me a mim próprio, por apenas lhes amar os corpos e eles se transformarem de cada vez que os tocava e eu não suportar o desespero de não me encontrar neles.
Confesso-te que não demoro muito a matar tudo aquilo que amo, porque, morto posso recordá-lo e porque a memória, mais do que toda a vida, é o contrário da morte. Porque, graças à memória, a consciência apazigua-se à distância.
E eu conspiro com a memória para amar ainda mais aquilo que mato."
filipa melo, este é o meu corpo
6 comentários:
quero ler este livro há tanto tempo...
se puderes lê. vale a pena! houve alturas em que o quis deixar porque estava a interferir comigo... mas acabei-o ontem e valeu bem a pena.
também quero ler este livro...
emprestas-mo ?
humm... não sei. Queres comprar? (hihihi)
ouch, que ler isto doeu.
depois da dulce maria cardoso, acho que ainda não estou mto pronta para livros que magoam.
não é um murro no estômago, mas é um sofrimento discreto que se vai instalando ao longo do livro.
dá-lhe um tempinho e depois voltas à carga :)
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