quinta-feira, janeiro 31, 2008

quarta-feira, janeiro 30, 2008

músicas perfeitas ...






I Love you Porgy
(G. Gershwin - Porgy and Bess)
Nina Simone


hoje passei o dia aqui, neste vidro ...

vou e levo comigo o tema Certain things you ought to now (Daniel Bejar como Destroyer)


... não me lembrava do quanto gostei deste tema ...



(num vidro azul brilhante)

segunda-feira, janeiro 28, 2008

16 de Fevereiro, sábado, TAGV

Ola Podrida (EUA, indie folk)

http://www.myspace.com/olapodrida

e

Magic Arm (UK, indie pop)

http://www.myspace.com/magicarm

Precede os concertos uma conversa pública sob o tema:

"Os territórios indie e as suas fronteiras"

convidados:

valter hugo mãe - escritor, editor, bloguer, vencedor do prémio José Saramago de 2007

João Bonifácio - jornalista e crítico musical do Jornal Público/Suplemento Y

Rodrigo Cardoso - lead manager da editora Borland e membro dos Alla Polacca e

Rita Moreira - voz da Rádio Oxigénio e ex. colega da RUC.

às 15 horas - dia do concerto - no Foyer do Teatro Académico de Gil Vicente.

Para o encerramento das festividades, afterparty no Salão Brazil .

A quem vai peço os detalhes de quem viu ...

O trabalho não me vai deixar subir até ao Gil Vicente nesse fim de semana ...



Obrigada Caríssimo Ri.Ma. ...

quinta-feira, janeiro 24, 2008

hoje acordei assim:

Decreta-se assim oficialmente aberta a época de
concertos-a-torto-e-a-direito:



Lydia Lunch - 15 de Fevereiro - ZDB
(e ainda não é desta que consigo ver a senhora)

The Raveonettes - dia 20 de Fevereiro, Santiago Alquimista

Michael Gira, 25 de Fevereiro na ZDB

Jose Gonzales, Aula Magna, 29 de Abril

Einstürzende Neubauten, 4 de Maio na Aula Magna

(sr. do café: vamos mesmo!!!)


Animal Collective, Lux - 29 de Maio (bora lá outra vez!)

Feist na Aula Magna - 11 de Junho



.... mas a parte boa é mesmo esta


Mão Morta, "Maldoror", 5 de Abril, Teatro das Figuras, Faro

... e mais o Festival para Gente Sentada em SMF, com o Richard Hawley e afins que começa a 23 de Fevereiro, mais os Editors e mais e mais e mais .. (amigos tá a começar a juntar guita se não não há bolsa que aguente!)



... e ainda há Portishead, no Coliseu a 27 de Março, para quem tiver sede de revivalismo e nostálgia.
Coimbra 2006.

Conheciam-se de todos os dias sem nunca se terem cruzado. Entrelaçaram a sua existência num qualquer ponto de que não tenho memória - era o tempo das palavras até ao amanhecer, dos dias dos olhos pesados e do pensamento a voar para o Sul. Tudo sem a nitidez da imagem, tudo com o limite das palavras.
Chegou Junho e ela perguntou. O que nasceria da resposta seria, na pior das hipóteses, uma ida solitária ao Douro. Mas ela era livre. Não esperava nada. Queria fazer anos sozinha ... mas na ausência de solidão que fosse ele a única presença - o rosto desconhecido, companhia em longas horas dos meses que precederam aquele dia ...
Ele respodeu e o ponto fixou-se em Lisboa. O Douro ficava para atrás.
Era já Agosto e ela estava na boca do metro. Esperava-o. O rapaz do rosto indefinido e das palavras certas. Ela pertencia-lhe desde havia muito ...
Viram-se pela primeira vez e voaram em três dias pela cidade. Viveram na Travessa dos Mouros à Rua da Rosa como se sempre tivessem pertencido àquele lugar e os seus rostos nunca se tivessem separado - sem nunca se terem conhecido antes.
Tocada a carne o caminho erguia-se de novo à sua frente. Sul / Norte.
Era manhã e ele não estava ... um bilhete dizia que depois de muitas tentativas para a acordar ele teve que sair e que não a esqueceria. Ela não tinha conseguido cumprir a promessa da fuga conjunta para Sul.
Levantou-se e foi o coração que pela primeira vez a acalmou.
Soube desde aquela manhã que o rapaz do rosto indefinido e das palavras certas era agora a casa e o porto ... era a definição da procura e a surpresa de quem sabe o amor nas pernas entrelaçadas debaixo dos lençóis ...
Desde aí vivem um no outro entre linhas de comboio ... à espera que as linhas paralelas não se juntem apenas no infinito ...
E a cada dia que passa tudo é mais verdadeiro.
a.m.




(ninguém melhor que o Jose Gonzales soube
contar esta história ... a minha tem um final feliz)
one night to be confused
one night to speed up truth
we had a promise made
four hands and then away
both under influense
we had devine scent
to know what to say
mind is a razorblade
to call for hands of above
to lean on
wouldn't be good enough
for me, no
one night of magic rush
the start a simple touch
one night to push and scream
and then releaf
ten days of perfect tunes
the colors red and blue
we had a promise made
we were in love
to call for hands of above
to lean on
wouldn't be good enough
for me, no
to call for hands of above
to lean on
wouldn't be good enough

and you, you knew the hands of the devil
and you, kept us awake with wolf teeths
sharing different heartbeats
in one night
to call for hands of above
to lean on
wouldn't be good enough
for me no

quarta-feira, janeiro 23, 2008






hoje foi assim.



Cold Iron Bound - Tom Verlaine & The Million Dollar Bashers
When The Ship Comes In - Marcus Carl Franklin
Knockin' On Heaven's Door - Antony & The Johnsons
Ring Them Bells - Sufjan Stevens
Goin' To Acapulco - Jim James & Calexico
Just Like A Woman - Charlotte Gainsbourg & Calexico
Highway '61 Revisited - Karen O And The Million Dollar Bashers
All Along The Watchtower - Eddie Vedder & The Million Dollar Bashers
Ballad Of A Thin Man - Stephen Malkmus & The Million Dollar Bashers
Simple Twist of Fate - Jeff Tweedy
I'm Not There - Sonic Youth
Dark Eyes - Iron & Wine & Calexico
Pressin' On - John Doe
Fourth Time Around - Yo La Tengo
The Times They Are A Changin' & The Lonesome Death of Hattie Carroll - Mason Jennings
Man In The Long Black Coat - Mark Lanegan
(sem audição prévia arrisco dizer que será, certamente, a melhor banda sonora do ano ...)

heath's not there ...




candy, 2005

terça-feira, janeiro 22, 2008

"Leonard Cohen is strongly rumoured to be touring Europe in the summer."



a ler aqui:








a saber é se to be touring Europe também includes Portugal como destino.

(e fica aqui o link da petição para uma tournée europeia de Tom Waits que andou a circular há uns tempos e que entretanto parece estar meia adormecida!
Quem quiser que o tio Tom venha a terras lusas faça o favor de dar o contributo)




Quase quase ...





segunda-feira, janeiro 21, 2008

descobrimentos:
é possível ouvir Battles numa discoteca e ver como a pista inteira entra em delírio!

53 around the world

Largo da Pampulha (à Rua das Janelas Verdes)

(a menina tem visita a marcar por estas bandas)

sexta-feira, janeiro 18, 2008

e agora vou-me embora ...





ganhei da espera o vício do silêncio.


soube ver nos espelhos como se cala o coração.

e pela boca aprendi a dor de não saber mais dizer as palavras do coração.

quinta-feira, janeiro 17, 2008

musicas-orelhudas-que-ligam-o-tímpano-a-um-tendão-qualquer-que-faz-com-se-ande-com-o-pé-a-dar-a-dar#



Não podiam ser os Cure porque esses já não têm idade para estas coisas "puerís" de fazer músicas "frescas" para anúncios de telemóvel, onde todas as pessoas têm os dentes brutalmente brancos e estão sempre com um ar de felicidade bastante duvidoso.

... Não podem mas gostavam de ter sido, pelo menos a jurar pela semelhança entre registos.

Shout Out Louds - é esse o nome da banda.

Obrigada Catarina por me teres retirado das brumas da ignorância e teres dado nome à dúvida.

Uma boa música para acabar a "jorna" - até amanhã.



la chinoise _ jean luc godard

terça-feira, janeiro 15, 2008

the state that i'm in #



claudia cardinale @ la fille à la valise

para mais informações sobre os cursos 2008 do Programa Gulbenkian clicar em baixo:

Dizia-me um grande amigo que quando se perde a inocência a vida ganha uma cor cinzenta. Leia-se a inocência como motor de arranque para o sonho - e bem vistas as coisas, e como dizia alguém, é o sonho que comanda a vida.
Dizia eu que nunca perderia a inocência e o sonho. Com os olhos abertos para o mundo achava que tudo era possível ... tudo desde que a força que nos impulsiona para o "novo" saísse cá de dentro, do fígado, do estômago.

No outro dia vi o que andei a adiar ver - que os meus olhos agora tendem a toldar-se de cinzento.
Mais grave é a nitidez com que aparece a desgraçada da evidência:

- A inocência não se perde, tiram-no-la.

Deixei a minha bolha em terras da Beira Litoral. Mudei-me para onde supostamente o oxigénio é menos rarefeito, por motivos óbvios de maior aproximação ao nível do mar.
"Sempre para Sul", dizia também esse grande amigo - "ir sempre para Sul".
Nada de mais errado, tenho eu percebido, com um ano de "sobrevivência" em terras algarvias.

Aqui chamam-se bimbos aos do norte (e o norte aqui é tudo o que fica acima do Tejo) e elitistas aos da capital, pseudos aos que sabem mais que nós e intelectuais aos que pura e simplesmete se interessam por alguma coisa.

O problema nasce quando só conseguimos apontar os problemas dos outros e não temos a capacidade de perceber os nossos próprios problemas. Aí começa a nossa pequenez.

Todas as semanas passo de uma terra pequena para outra maior, pelo menos em infra-estruturas. Saio da província para chegar às muitas provícias que habitam nas cabeças pequenas das pessoas da outra "banda", muito mais "cosmopolita" e com gente de "cóltura".

Certo é que nem todas as cabeças são províncias por aquela terra do Barlavento Algarvio, e seria muito injusto fazer uma afirmação destas.
Mas o grosso das pequenas cabecinhas é semelhante às dos novos ricos - modernos mas revestidos de uma camada de saloíce bacoca!

E quando se abrem as jaulas e as cabecinhas saem à rua comportam-se como pequenos animaizinhos - elas urram, gritam, riem como hienas porque são, em suma, necrófagos vivendo das vidas dos outros e com as suas pequenas cabecinhas cheias de coisinhas pequeninas como as suas próprias vidas.
E de hienas passam a perús, inchados do nada que são, porque quando olham para o lado deviam pelo menos ter a humildade de pensar que há olhos que já viram mais que os deles.
E é triste ver perús e hienas com cabeças pequeninas e vidas pobrezinhas que vivem em circuítos fechados e que não se lembram que o mundo é um colosso e não apenas a nossa rua ou o nosso bairro.

"Se achavas Coimbra provinciana vê bem se queres vir para aqui viver".
Mudo para o sítio de galináceos e de necrófagos. Mudo e passo bem por eles.
Não é por eles a mudança mas por uma força maior.
Tenho a calma de quem já conheceu as pessoas grandes e por isso não me sinto nunca sozinha.

Da inocência ainda guardo as cores e ainda vou pelo caminho acreditando.
O cinzento que vejo é o de alguns outros ... mas os meus pés não param pelas pedras na estrada.


sexta-feira, janeiro 11, 2008




O Barreto dizia saber a agenda da actividade sexual dos vizinhos
(de cima ou do lado ... não me lembro bem)
da Nicolau Chanterenne, por força da falta espessura das paredes
- e suponho que pela má qualidade dos isolamentos.
Procedia-se à actividade em pré-feriados, sexta e sábados.
Horário pós laboral, bem visto, para não interferir com a produtividade.
Chamem a ASAE ... mas este também é um ...




imagem: Esgar Acelerado

quinta-feira, janeiro 10, 2008

Friend by enemy I call you out.
You with a bad coin in your socket,
You my friend there with a winning air
Who palmed the lie on me when you looked
Brassily at my shyest secret,
Enticed with twinkling bits of the eye
Till the sweet tooth of my love bit dry,
Rasped at last, and I stumbled and sucked,
Whom now I conjure to stand as thief
In the memory worked by mirrors,
With unforgettably smiling act,
Quickness of hand in the velvet glove
And my whole heart under your hammer,
Were once such a creature, so gay and frank
A desireless familiar
I never thought to utter or think
While you displaced a truth in the air
That though I loved them for their faults
As much as for their good,
My friends were enemies on stilts
With their heads in a cunning cloud.


To Others Than You - Dylan Thomas



scarlett johansson & john travolta _ a love song for bobby long

(um filme quase perfeito)

quarta-feira, janeiro 09, 2008


kurosawa para red house painters ... japanese to english ...



Estavamos no Terreiro da Erva e ouvia-se o Vidro Azul no rádio da cozinha.
Eram as segundas-feiras missionárias em que se parava às 20h e falava o Ri.Ma.
Falavamos de blogs, de palavras com muitas sílabas,
de fluídos corporais e das festas no primeiro piso da Via Latina ou das do Patelas...

... e esta continua a ser, provavelmente, a melhor música do mundo.

terça-feira, janeiro 08, 2008

a.m

movimentos cetrífugos à "papo seco" aka como eu entro numa rotunda




CHARADA # 1

quinta-feira, janeiro 03, 2008

não tenho nada para dizer ... ou talvez tenha. não tenho vontade (a minha boca lembra um corpo invertebrado) tenho sim o nervo da língua adormecido. não apetece contrair o cérebro para pensar coisas. volto ao casúlo. subi só para acenar aos de fora.





(john vanderslice - exodus damage)