sábado, dezembro 31, 2005

sexta-feira, dezembro 30, 2005

All things must come to an end...


fotografia roubada ao aDeus

Este blogue acaba por aqui.
Respeitando a máxima que se repete nestes dias e que nos impele a querer entrar no "ano novo" com uma "vida nova" encerra-se por aqui este capítulo como parte de uma dita "vida velha".
Mais que tudo este espaço foi um barómetro dos meus estados de espírito.

Até

Fuck the pain away...


bullshit.. double dare...

quinta-feira, dezembro 29, 2005

Eu quero ser uma bola de espelhos!





Eu quero uma camisola de lantejoulas prateadas!


quarta-feira, dezembro 28, 2005

"Apagas a luz. Deitas-te a meu lado. Sinto, mais do que vejo, a presença do teu corpo.
Estás quente.

Os meus olhos habituam-se à penumbra. Semicerrados, observam-te no acto de te despires. Primeiro, a blusa branca. Botão a botão, os teus dedos ágeis, lestos, desapertam o tecido e aguilhoam o meu desejo. Depois as calças. Levantas os joelhos, baixas os braços. Num gesto largo e hábil, libertas-te da roupa como uma borboleta de um casulo. Bates as asas, estás nua. Beijo-te.

Percorro os teus lábios. Provo as tuas pálpebras. Aliso o teu pescoço. Desço ao teu peito. A minha boca dardeja, húmida, procura agora a saliência do teu mamilo. Encontra-a. O teu corpo arqueia-se debaixo do meu. A tua respiração acelera, as veias do teu pescoço tornam-se salientes, o calor que irradia de ti sufoca-me, desidrata-me, incinera-me.

A minha boca desce, desce sempre. O teu velo púbico agora diante dos meus olhos. Analiso a topografia da tua vulva com a ponta da minha língua. Sabe a sal e a mar. Sabe à vida que há em ti. Demoro-me no teu corpo. Esquecemos os minutos que passam, imóveis. Todo eu me concentro, todo eu inteiro me focalizo num pequeno ponto de ti. Com a ponta dos meus dedos, detecto o sangue que te percorre, rápido, cada vez mais rápido. Com as minhas mãos, refreio o teu corpo que se me escapa.

Vou de encontro ao teu prazer. Tu lideras e eu sigo-te. Como se tivesse as tuas rédeas na minha boca, indico-te o caminho, lanço-te a galope. A tua boca abre-se num grito silencioso. O teu corpo levanta-se, catatónico. Levitas de desejo, ausentas-te de tudo. No breve instante em que ficas sozinha com o teu espasmo, com o teu prazer, és tu e só tu. Mesmo o meu corpo no teu é um mero detalhe, um acessório caricato daquilo que eu sou em ti.

Relaxas. De olhos fechados, o teu corpo descontrai-se como um polvo na pedra do cais. Levanto-me. Beijo-te, lenta e pausadamente. A minha boca sabe a ti, gosto de saber que te provas em mim. Devagar, devagarinho entro-te. Distancio-me, vou e venho. O teu corpo reage ao meu. Pressão aqui, toque ali. Vira-te, mexe-te, vem, assim, mais. Sussuro-te comandos ao ouvido. Palavras doces, palavras duras. Não páro, não paramos.

Minutos.

Horas.

Vezes sem conta repetimos os movimentos adamíticos, a posse, o desejo, está tudo aqui. Mas, quando me deito a teu lado, estou ausente. É como se me apetecesse estar noutro lugar qualquer, fora daqui. Em qualquer lado, menos aqui."






Se tanto me dói que as coisas passem
É porque cada instante em mim foi vivo
Na busca de um bem definitivo
Em que as coisas de Amor se eternizassem...

sophia, sempre ela



num grito mudo chamo por mim e a brisa lava-me o rosto...

terça-feira, dezembro 27, 2005

Aaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!!!!



Hollow, Luke Chueh

Hoje o dia anda a correr bem!!!

No âmbito do concurso acima mencionado e na sequência da prova de Avaliação Psicológica realizada, lamentamos informar que o resultado obtido não permite a continuação no processo de selecção em curso.

Desejamos-lhe os maiores sucessos profissionais e apresentamos os nossos melhores cumprimentos.


TAP SERVIÇOS

Área de Recrutamento e Contratação

Ana Paula Godinho

A incerteza queima-me o rosto
e a pele diz-me que o tempo passa.

Já não sinto o pulsar do sangue...

Nos olhos cresceram-me algas, no coração uma pérola.

" E os barcos já não fazem escala à minha porta".

...

Moi je t'offrirai
Des perles de pluie
Venues de pays
Où il ne pleut pas
Je creuserai la terre
Jusqu'après ma mort
Pour couvrir ton corps
D'or et de lumière
Je ferai un domaine
Où l'amour sera roi
Où l'amour sera loi
Où tu seras reine
Ne me quite pas

Je t'inventerai
Des mots insensés
Que tu comprendras
Je te parlerai
De ces amants-là
Qui ont vue deux fois
Leurs coeurs s'embraser
Je te raconterai
L'histoire de ce roi
Mort de n'avoir pas
Pu te rencontrer
Ne me quite pas
...

segunda-feira, dezembro 26, 2005

Obrigada por seres meu amigo, pelas cervejas hoje no Bairro, por teres ainda paciência para aturares as minhas idas às lojas, à procura de qualquer peça de roupa que não existe. Obrigada pelos os anos partilhados, pelas manhãs a dois, pelas lágrimas, pelos risos com sharp pointy teeth. Que os golpes e marcas deixados em nós nos tenham ensinado qualquer coisa. Que as nossas existências não magoem os outros como nos magoámos a nós mutuamente. Que o amor seja eterno enquanto dure, já dizia o Vinicius.
Ambos amamos com as entranhas e com as vísceras e com todo o sangue que nos corre nas veias. Porque amar faz-nos sentir vivos. E porque quem nos tira o sentir as coisas pequenas tira-nos a vida!
'cause we're one of a kind...
porque tu gostas de noise e eu de folk, porque tu és do benfica e eu do sporting, porque tu és de matemática e eu de letras, porque tu gostas do campo e eu da praia, porque tu gostas da província e eu da cidade ... pelo equilíbrio na diferença... pelo passado ... por tudo... obrigada por te teres cruzado na minha vida.
Eu agora sei que procuro aquilo que não vou encontrar... é tudo um eterno retorno, a procura, num movimento perpétuo!

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Dói-me saber-te existir em mim.
E a tua imagem asfixia a manhã.

Casa Branca

Casa branca em frente ao mar enorme,
Com o teu jardim de areia e flores marinhas
E o teu silêncio intacto em que dorme
O milagre das coisas que eram minhas.

A ti eu voltarei após o incerto
Calor de tantos gestos recebidos
Passados os tumultos e o deserto
Beijados os fantasmas, percorridos
Os murmúrios da terra indefinida.

Em ti renascerei num mundo meu
E a redenção virá nas tuas linhas
Onde nenhuma coisa se perdeu
Do milagre das coisas que eram minhas.

Sophia de Mello Breyner

quarta-feira, dezembro 21, 2005



Bossa Nova, Funchal, Teuc...