chegaste donde o medo tecia os meus cabelos
donde os pássaros ardiam a voz
donde só o silêncio se desconhecia
era tão larga a morte que não se podia ver dos meus olhos
chegaste quando o fim sangrava dos meus braços
a casa soterrou-me dos teus passos terra de mim todo
chegaste pelo coração de água da noite
quando o mistério escorre em gritos pelos telhados e Deus se desabita
chegaste tão de dentro de mim mesmo
que agora que a morte me nasce na garganta
a noite e o meu rosto são alguém que eu próprio desconheço
Pedro Sena-Lino
donde os pássaros ardiam a voz
donde só o silêncio se desconhecia
era tão larga a morte que não se podia ver dos meus olhos
chegaste quando o fim sangrava dos meus braços
a casa soterrou-me dos teus passos terra de mim todo
chegaste pelo coração de água da noite
quando o mistério escorre em gritos pelos telhados e Deus se desabita
chegaste tão de dentro de mim mesmo
que agora que a morte me nasce na garganta
a noite e o meu rosto são alguém que eu próprio desconheço
Pedro Sena-Lino
1 comentário:
eu sei quem mandou...
;)
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